Com os acidentes envolvendo escorpiões em alta, todo cuidado é pouco. Ainda na mais na região Sudeste onde de acordo com o Ministério da Saúde, concentra o maior número de casos, com 65 mil notificações. Só em 2018, foram registrados 39 mil ocorrências e 20 mortes no Estado de São Paulo.
Segundo o biólogo Claudio Maurício Vieira, do Instituto Vital Brazil, referência na área de soros antipeçonhentos, os acidentes com escorpião estão em franco crescimento, principalmente no interior de São Paulo, onde ocorre a maioria dos acidentes graves.
A espécie predominante no Sudeste é a Tityus stigmurus, também chamada de escorpião-amarelo, considerada uma das mais perigosas devido a alta toxidade de seu veneno, segundo o biólogo.
Prevenção
A principal forma de prevenção de acidentes com o animal é manter os ambientes limpos e organizados, não só dentro da casa, mas também nos arredores. Portanto, nada de deixar alimentos, lixo ou entulho e madeira velha acumulados que pode atrair barata, seu principal alimento.
O escorpião é um animal de hábitos noturnos que se movimenta durante a noite, em busca de alimento, e sem esconde durante o dia. A preferência é por locais escuros, úmidos e com pouco movimento, tanto na área externa como interna da casa, segundo o Manual de Controle de Escorpiões do Ministério da Saúde. Entre eles estão sapatos, roupas, ralos, batentes de portas e janelas, assoalhos soltos, frestas na parede, caixas de energia, armário sob a pia, panos de chão e toalhas penduradas.
São ainda focos de ocorrência do animal construções, lixos, troncos e folhas caídas, viveiros de plantas, margens de córregos, galerias de esgoto e bocas de lobo. Em prédios, merece atenção o fosso do elevador, caixas de passagem e de gordura, caixas e pontos de energia e lixeiras.
Em caso de acidente com escorpião, o Ministério orienta a ir imediatamente ao hospital mais próximo. O soro antiescorpiônico, necessário em casos moderados e graves, é disponibilizado apenas em hospitais de referência do SUS, Sistema Único de Saúde, e não pode ser encontrado em clínicas particulares.
O Ministério distribui as ampolas de soro antiescorpiônico aos Estados, que determinam quais municípios irão receber a substância, de acordo com a situação epidemiológica de cada região, segundo a pasta.
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