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Cajamar comemora 60 anos nesta segunda-feira, dia 18

Da Top TV ON , com Diário de Cajamar

O município de Cajamar, comemora nessa segunda-feira, dia 18 de fevereiro, 60 anos de emancipação política-administrativa. Com uma população estimada em 80 mil e distribuída em uma área, a cidade mesmo que considerada jovem enfrenta dificuldades de grandes metrópoles.

O município faz divisa com a Capital, Jundiaí e Santana de Parnaíba e apesar do crescimento nos últimos anos ainda conserva características de cidades do interior paulista, como  áreas verdes mais com crescimento invejavel entre outros municipios. Uma das marcas de Cajamar, se não a principal é o grande Pólo Logistico um dos principais do Estado, que acolhe grandes empresas como Amazon e Natura.

Com uma alta populacional, problemas como falta de vaga em creche, lotação em postos de saúde, aumento nos casos de violência e construção de moradias em áreas de risco passaram a ser os desafios de gestão dos próximo prefeito.

Conheça a história de Cajamar

O nascimento de Cajamar está ligado à implantação da fábrica de cimento Companhia Brasileira de Cimento Portland, de origem canadense, na década de 1920, em Perus. Esse material, conhecido das civilizações antigas, recebeu o nome atual, “cimento Portland”, no século XIX, graças à semelhança com as rochas da ilha britânica de Portland.

A fábrica foi instalada em Perus, ao lado da Estrada de Ferro Santos-Jundiaí, porque a região era rica em matéria-prima, o minério das pedreiras de Água Fria.

Nós da TOP TV ON desejamos a todos os cajamarenses um dia especial de muita reflexão e que a cidade tenha acima de tudo um futuro próspero com saúde, lazer, segurnça, infraestrutura, emprego, esportes e muito verde para nossas crianças. Feliz Aniversário Cajamar!!!

Na década de 1930, os trabalhadores da fábrica e das minas já estavam residindo no distrito da Água Fria, que ainda pertencia a Santana de Parnaíba. Na década de 1940, uma lei federal exigiu a mudança do nome de Água Fria, porque já existia um outro distrito com esse mesmo nome na cidade de São Paulo; foi, então, que o distrito passou a chamar-se Cajamar.

Assim, foi à exploração do minério em Cajamar que deu origem aos primeiros núcleos habitacionais, as vilas residenciais dos operários.

Entrementes, o controle de preços do cimento por parte do governo federal, forçou a campanha, de capital estrangeiro, a vender a empresa em 1951. Interessaram-se pela compra o Grupo Francisco Matarazzo, o Grupo Votorantin, e José João Abdalla, então secretário do Trabalho do governo Ademar de Barros. A família J.J. Abdalla se tornou proprietária da fábrica.

É interessante destacar que os operários da Portland operavam a estrada de Ferro, numa extensão de 20 km, de Cajamar a Perus. Além disso, essa estrada foi, durante muitos anos, o único meio de transporte utilizado pelos operários para se comunicarem com São Paulo.

A primeira vila foi construída ao lado da pedreira dos Pires, já demolida; depois, foi construída a Vila do Acampamento e por último a Vila Nova.

A Estrada de ferro é conhecida pelo nome “Estrada de Ferro Perus-Pirapora porque a intenção era transportar romeiros até a cidade de Pirapora do Bom Jesus, mas a implantação dos trilhos até lá nunca chegou a ser concluída. Os trilhos vinham de Perus à Cajamar apenas. Devido a isso a estrada tinha uma única utilidade: transportar minério.

Com o desenvolvimento da cidade de São Paulo, o bairro de Perus, que cresceu ao lado da fábrica, começou a ter sérios problemas de poluição; era muito grande a quantidade de pó expelido pelas chaminés da fábrica, em virtude dos equipamentos obsoletos.

Em 1974, a companhia foi incorporada ao patrimônio nacional, e na década de 1980 foi adquirida por um consórcio de empresas. Todavia, nessa mesma década, encerrou as atividades; movimentos populares e o Ministério Público exigiam o fim da poluição provocada pela fábrica.

Curiosidades
Por vários anos as locomotivas e vagões utilizados na estrada de ferro atrairam milhares de curiosos e historiadores do mundo todo devido ao fato dos trilhos terem a bitola de 60cm de largura, fato esse considerado raro até nos dias de hoje.

Durante muitos anos as pessoas chamavam o distro do Polvilho de “Doze”. Isso deve-se ao fato daquela localidade estar no KM 12 da ferrovia. Não existia outro meio de transporte, então, além do trem puxar vagões de minério, o último vagão era sempre destinado a passageiros da região.


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