Por Ricardo Rodrigues/Top TV On Brasil
A morte de uma menina de 7 anos em decorrência da picada de um escorpião será investigada pela Polícia Civil de Franco da Rocha. O caso aconteceu na segunda-feira, 14, e e terminou de forma trágica, pois a avó da menina, de 63 anos, passou mal ao saber do que tinha acontecido com a neta e também acabou falecendo. As duas foram sepultadas na terça-feira, 15, no Cemitério da Paixão, no município.
De acordo com informações oficiais, na madrugada desta segunda, às 5h15, a menina deu entrada na UPA, Unidade de Pronto-Atendimento, de Franco da Rocha. Ela foi picada por um escorpião e já chegou em estado grave. A UPA não tem aplicação de soro.
Segundo a Prefeitura de Franco da Rocha, há uma orientação, em conjunto com a Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo, para que em casos de picada por escorpião a vítima seja removida para o hospital referência da região, neste caso, para a Santa Casa de Francisco Morato.
Apesar disso, a equipe médica optou por levar a criança para o Hospital Estadual Dr. Carlos Da Silva Lacaz, em Francisco Morato, onde há UTI, mas não tem o soro. De imediato, os médicos providenciaram que o soro fosse levado para o hospital onde estava a menina. O soro chegou a ser administrado, mas a criança morreu.
Na noite de segunda-feira, a avó da menina deu entrada na mesma UPA com parada cardiorrespiratória. Os médicos tentaram reanimá-la por cerca de 20 minutos, mas ela morreu.
Em nota, a prefeitura de Franco da Rocha informou que o “protocolo para atendimento nestes casos, definido pela vigilância epidemiológica do governo do estado de São Paulo, em conjunto com os municípios da região, é que o tratamento deve ser realizado em hospitais de referência (Santa Casa de Francisco Morato para crianças e o Hospital Estadual Albano Franco, em Franco da Rocha para adultos).”
Ainda de acordo com a resposta da municipalidade, “a criança foi atendida de imediato pela equipe de plantão da UPA, que a estabilizou e preparou para transferência. O médico optou pela transferência ao Hospital Estadual Lacaz, também em Francisco Morato, que possui estrutura de UTI e é a referência para atendimento pediátrico na região, onde ela recebeu o soro e não resistiu, vindo a falecer.”
A Secretaria Estadual de Saúde explicou, em nota, que “a referência para Franco da Rocha para atendimento a casos de acidentes com animais peçonhentos é a Santa Casa de Francisco Morato e não o Hospital Estadual de Francisco Morato. O município direcionou a criança sem comunicação prévia a esta unidade. A paciente deu entrada às 6h53 com quadro gravíssimo e foi encaminhada diretamente para a UTI.”
Ainda segundo a pasta, “a Prefeitura de Franco da Rocha levou o soro ao Hospital Estadual somente às 8h e a aplicação foi feita de imediato. Infelizmente, apesar de todos os cuidados intensivos, a criança faleceu às 16h28, devido à gravidade clínica.”
A secretaria estadual informou também que “nesses tipos de acidentes, o primeiro atendimento deve ser avaliado por um médico, para classificação do risco do paciente e estabilização clínica, o que deveria ter sido feito pela UPA”.
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