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Em seis anos, Cajamar troca 13 vezes de prefeito

A cada seis meses, um novo prefeito. Essa tem sido a média da cidade de Cajamar desde 2013 - Foto: Arquivo/TopTVON

A cada seis meses, um novo prefeito. Essa tem sido a média da cidade de Cajamar, desde 2013.

No mês de dezembro de 2018 uma sessão extraordinária que reuniu 13 vereadores e mais de 150 pessoas, o vereador Saulo Rodrigues (PSD) foi eleito presidente da Câmara. Com a vitória, ele assumiu a prefeitura no dia 1º de janeiro.

Saulo substituiu Eurico Missé (DEM), que ocupava o cargo de prefeito interino e hoje ocupa o cargo de presidente da Câmara. Será a segunda vez que Saulo governa o município de forma interina. Em 2015, passou dois meses no comando da prefeitura, onde a troca se tornou regra.

Com pouco mais de 71 mil habitantes, Cajamar teve 13 trocas em seis anos, após a cassação dos gestores eleitos.

“A cidade perde muito com essas alternâncias porque muda tudo. Fornecedor fica com medo de vender e não receber pagamento da prefeitura, a cidade fica sem credibilidade e vira uma bagunça”, admite Saulo, que recebeu 12 dos 13 votos dos vereadores. Dois faltaram.

“Pretendo fazer a pacificação política e que a gente dê continuidade nos projetos do prefeito interino que estava lá. A cidade não pode parar”, disse.

IMPASSE

O último prefeito que conseguiu terminar o mandato em Cajamar foi Daniel Fonseca (PSDB), eleito em 2008. O problema começou na reeleição dele em 2012, quando a chapa foi cassada pelo uso de jornais, a favor de Fonseca, de forma irregular durante a campanha eleitoral.

O tucano recorreu e começou a primeira série de trocas entre ele e os presidentes da Câmara Municipal. Cinco vereadores se revezaram no posto. 

A situação foi concluída perto do final do mandato, em novembro de 2015, quando Paula Ribas (PSB), segunda colocada na eleição de 2012, assumiu definitivamente a gestão.

Paula foi reeleita em 2016, quando começou novo impasse. Ela também foi cassadaa, por abuso do poder político. A justiça entendeu que obras foram realizadas no período eleitoral para beneficiar a candidata. A vice Dalete de Oliveira (PC do B) chegou a assumir, mas também deixou o poder após decisão judicial.

Assim, assumiu Eurico Missé (DEM) e agora Saulo. Uma nova eleição será realizada na cidade. O TRE (Tribunal Regional Eleitoral) recebeu ofício para organizar a votação, que ficou agendada para o dia 17 de março.

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