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Um basta aos padrões

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Esqueça os termos politicamente corretos como cheinhas, gordinhas ou algo que tente amenizar o tratamento dado a quem está fora do biotipo que impera na moda e na mídia há décadas. Elas são gordas, sim, felizes e bem resolvidas. A indústria da moda e da publicidade começa a abrir os olhos para esse rentável mercado plus size enquanto as mulheres estão determinadas a dar um basta à ditadura do corpo perfeito e de um único padrão de beleza. Para a alegria dos 53% de brasileiros que hoje são considerados acima do peso, o empoderamento feminino batalha também em favor da aceitação do tipo físico natural e elevação da autoestima das consumidoras da moda plus size. “Usamos a palavra gorda por ser uma característica e não uma ofensa e nem xingamento. Este termo ainda é visto como algo negativo, por isso não é fácil de ser adotado ainda, mas tentamos neutralizar e ressignificar o uso dele.

Quanto mais for falado de forma natural mais fácil fica de se acostumar. Exemplo disso são os termos comuns como alta, baixa e magra. As pessoas são gordas e a moda é plus size”, diz a produtora de eventos e jornalista Flávia Durante, que após sentir na pele a falta de opções no mercado da moda, idealizou, em 2012, o Pop Plus – evento de moda e cultura plus size – que ocorre quatro vezes ao ano em São Paulo e que terá sua primeira edição fora da capital, na Estação Cultura em Campinas, nos dias 17 e 18 deste mês. “Muitas pessoas de Campinas e região já frequentam o Pop Plus, em São Paulo, pensando nisso trouxemos o evento para a cidade. Nosso propósito vai muito além da moda, buscamos também acabar com a gordofobia.

A mulher não tem e nunca terá um único padrão e está em busca de se sentir bonita, acolhida e, muitas vezes, a moda é excludente. Por isso, nos conectamos com marcas que oferecem opções e estilos de roupas bem variados e que representam essas mulheres, independente do peso”, diz Flávia.

Segundo dados da Associação Brasil Plus Size, esse mercado cresceu 21% nos últimos três anos. Nesse mesmo período a indústria de vestuário acumulou queda superior a 5%. O crescimento do mercado é uma tendência mundial, está em evidência e apresenta-se como um segmento promissor no mundo todo.

No Brasil, a perspectiva de crescimento é de 10% ao ano até 2020. Essa indústria é avaliada em R$ 7,6 bilhões. “O boom deste mercado é devido a uma demanda reprimida, já que quase 60% da população esta acima do peso e apenas 17% do varejo atende ao segmento plus size. Assim como eu, muitas mulheres gordas começaram a abrir suas marcas por não acharem peças que acompanham as tendências de moda. Temos que popularizar e descentralizar ainda mais esse mercado”, diz Flávia. 

O Pop Plus contará também com atrações gratuitas musicais, danças, rodas de conversas e palestras sobre o mundo plus size, além de 40 expositores de moda do mercado plus size. A feira vai oferecer opções de vestuário feminino formal, esportivo, sexy, casual, moda festa, opções de praia, masculinas, acessórios, entre outros.

A idealizadora do projeto conta que para participar da feira, a marca precisa trabalhar com roupas acima do tamanho 46. “Em média os tamanhos vão do 46 ao 60, mas temos opções até o manequim 70”, diz Flávia.

Pura inspiração

Belíssimas, as modelos plus size fazem o maior sucesso na web exibindo, sem incômodo, suas curvas e a pluralidade da beleza. Por meio de seus posts, defendem a autoaceitação e elevação da autoestima. Algumas delas têm milhões de seguidores nas redes e não usam filtros ou aplicativos de edição de imagem para ajustar as imperfeições tão femininas como celulites e estrias.

Esse é o caso da brasileira considerada a Gisele Bündchen do plus size, Fluvia Lacerda, de 38 anos. Há 15 anos no mercado internacional, a modelo conta que, até hoje, há fotógrafos que desacreditam dela ou querem ensiná-la a posar por ser gorda, disse em entrevistas. Ela também defende o uso do adjetivo gorda, em vez de diminutivos como “gordinha” ou “fofinha”. Com 302 mil seguidores no Instagram, a top é mãe de Lua, de 18 anos, e Pedro, de 4. Foi a primeira mulher plus size a estampar a capa da revista Playboy, considerada símbolo da sensualidade por décadas.

Programa Beleza GG

De olho nesse nicho, que se fortalece a cada dia, o canal E! lançou o programa Beleza GG, que mostra tudo sobre os bastidores e a vida de três modelos brasileiras plus size famosas: Fluvia Lacerda, Mayara Russi e Denise Gimenez.

Além do enfoque ser plus size, a série também mostra tudo o que as modelos enfrentam no seu dia a dia em negociações de campanhas, seleção de modelos, fotos, bem como os dramas pessoais de cada uma delas.   

Passarela fora do padrão

Algumas grifes apostaram na diversidade na São Paulo Fashion Week 46N como a Água de Coco que mostrou modelos acima do peso na passarela.

Boom na mídia

Essa mudança de cenário vem passando nos últimos anos e, um exemplo disso, foi o videoclipe da música “Jenifer”, sucesso de Gabriel Diniz, que bombou no último Verão. Em vez de uma pessoa magérrima ou sarada, o músico escolheu a atriz Mariana Xavier para ocupar o posto de musa da canção.

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Visando alimentação saudável, governo quer mudar itens da cesta básica

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Movimento deve vir junto à erradicação da fome no Brasil

Fonte: AB

A erradicação da fome no Brasil virá acompanhada de estímulos a uma boa alimentação, do ponto de vista nutricional, em um cenário produtivo que respeite o meio ambiente. Com esse objetivo, o governo federal promete anunciar, em breve, uma atualização dos itens que compõem a cesta básica.

Nesse sentido, autoridades do governo federal ouvidas nesta segunda-feira (19) no Senado defenderam uma reforma tributária que garanta o acesso da população aos itens que irão compor a futura cesta básica. As afirmações foram feitas durante audiência pública da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa, destinada a debater a fome no Brasil.

“Nós finalizamos 2022 com mais de 125 milhões de brasileiros com algum grau de insegurança alimentar nutricional. Temos portanto um grande desafio, que é o de retomar uma série de políticas públicas que já se mostraram com sucesso e contribuíram para que o Brasil saísse do mapa da fome [das Nações Unidas] em 2014”, disse a coordenadora geral de Promoção de Alimentação Saudável do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Gisele Bortoline.

Segundo a coordenadora, o desafio é ainda maior porque envolve a necessidade de recomposição de um orçamento que foi descontinuado. Esse “novo contexto” requer, também, uma “integração de esforços” de entes federativos e organizações da sociedade civil, visando um “novo ciclo de políticas públicas de segurança alimentar e nutricional”.

Nova cesta básica

A atualização dos itens da cesta básica é uma das medidas previstas para dar qualidade aos alimentos que vão à mesa dos brasileiros. “Estamos coordenando uma nova modalidade de cesta básica no nosso país”, anunciou o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto.

“Vocês sabem que a cesta básica brasileira, que é referência até hoje para o salário-mínimo nacional, é de 1938. Nosso modelo de cesta básica é da época do Getúlio Vargas. Por isso, a Conab está estudando, com a ajuda de nutricionistas e da academia, qual é o modelo de cesta básica necessário para nutrirmos o nosso povo não só na quantidade, mas na qualidade suficiente”, acrescentou Pretto.

Reforma Tributária

A coordenadora Gisele Bortoline, do MDS, disse que um ponto preocupante para os planos de erradicação da fome no país envolve a questão da reforma tributária. “É importante protegermos a cesta básica, para a proteção, principalmente, da população mais vulnerável, porque nós sabemos que as pessoas que têm até dois salários-mínimos elas comprometem de duas a três vezes mais a sua renda com alimentação”, disse.

“Se queremos diminuir a fome, e com comida de verdade, precisamos que todas as políticas públicas, incluindo a reforma tributária, priorize e proteja a alimentação básica do brasileiro, que é o arroz com feijão e também [itens como] batata, mandioca, carne, ovo, leite, frutas, verduras e legumes. A grande diferença no consumo entre os de maior e menor renda está em frutas, verduras e legumes”, justificou.

Experiências concretas

Presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), Elisabetta Recine disse que o Brasil tem “experiências concretas que nos fazem otimistas” neste momento de retomada das políticas públicas nacionais, visando justiça social, ambiental, climática e econômica.

Ela lembrou que o Consea abrange sociedade civil e governo, para um processo de interlocução, reunindo os 20 ministérios que o integravam na época de sua extinção, “no dia 1º de janeiro de 2019”. Um terço do Consea é formado por representantes governamentais. As demais 40 vagas são destinadas a representantes da sociedade civil.

“Há novos ministérios que têm uma relação importantíssima com essa agenda, como o dos Povos Indígenas e o de Igualdade Racial, que participam na condição de convidados permanentes [do Consea], nesse momento, até a realização da nossa próxima conferência nacional”, informou Elisabetta Recine, referindo-se à 6ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, convocada para a semana de 11 a 14 de dezembro deste ano.

O encontro pretende analisar a situação do país e as políticas retomadas, visando a elaboração do 3º Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – documento que expressa o compromisso do governo federal, articulado com estados e municípios para erradicar a fome e garantir “comida de verdade para todos”.

Pnae e PAA

Gisele Bortoline lembrou que o Brasil possui “um dos maiores programas de alimentação do mundo”. No caso, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), que, segundo ela, serve mais de 40 mil refeições por dia. O atual governo voltou a aumentar os valores dessas refeições, defasados após vários anos sem reajuste.

“Retomamos também o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), com um orçamento disponível de R$ 500 milhões, ainda não recomposto em sua totalidade”, acrescentou. A operacionalização desse programa, que serve de elo entre a produção da agricultura familiar com a mesa do consumidor, é operacionalizado por meio de parceria com a Conab.

Segundo a coordenadora do MDS, “os editais estão sendo lançados para garantir que a compra da Agricultura Familiar aconteça e esses alimentos sejam disponibilizados para populações vulnerabilizadas”.

Programa Fomento Rural

“Tem também o Programa Fomento Rural que é um recurso repassado para as famílias em extrema vulnerabilidade. Provavelmente no próximo mês, vai ser publicado um decreto que aumenta o valor de repasse para essas famílias, de R$ 2,4 mil para R$ 4,8 mil. Esse fomento é vinculado à assistência técnica, para apoiar essas famílias e fortalecer a agricultura familiar”, explicou Bortoline.

O Programa Fomento Rural combina ações de acompanhamento (social e produtivo) e a transferência direta de recursos não-reembolsáveis às famílias, para investimentos em projetos produtivos, de forma a dar apoio para a estruturação produtiva de famílias rurais mais pobres, bem como para o desenvolvimento de seus projetos produtivos.

Por meio da ampliação ou diversificação da produção de alimentos e de atividades geradoras de renda, busca-se, por meio desse programa, contribuir para a melhoria da segurança alimentar e nutricional, além da superação da situação de pobreza.

Agricultura Urbana

A coordenadora do MDS informou que o governo lançará, “ao longo desse ano”, o Programa Nacional de Agricultura Urbana e Periurbana.

A proposta é a de fomentar a utilização dos espaços, nos âmbitos das cidades, para a ampliação de hortas urbanas, e que essas hortas possam servir à produção dos alimentos; ao consumo das famílias envolvidas nesse processo; e também ser instrumento de inclusão social e geração de renda.

Outras ações importantes destacadas pela representante do MDS são os bancos de alimentos; as cozinhas comunitárias; os restaurantes populares; e as cozinhas solidárias. Todos esses equipamentos terão o desafio de garantir acesso a alimentos saudáveis, além de outras funcionalidades “visando a inclusão produtiva no processo de formação”.

“Estamos fazendo um mapeamento das cozinhas solidárias. Elas foram equipamentos e tecnologias sociais que surgiram durante a pandemia como uma resposta da ausência do Estado. A sociedade civil se organizou para ofertar alimentos e refeições para quem precisava”, explicou. Até o momento, já foram mapeadas1.455 cozinha solidárias, segundo Bortolone.

Integração

Ao longo desse ano, o governo pretende fazer com que o programa de aquisição oferte alimentos para essas iniciativas que são da sociedade civil, e que estão contribuindo com a redução da fome de forma emergencial. Mas, para isso, acrescenta a coordenadora do MDS, “é urgente a integração do serviços em nível local”, com a participação “de todos os setores, para um conjunto de esforços”.

“Estamos elaborando um protocolo entre o MDS e o Ministério da Saúde, para induzir gestores da saúde; da educação; e da assistência para que façam um mapeamento dessas famílias e garanta uma série de direitos a elas, para potencializar e reduzir os impactos da insegurança alimentar nutricional”, informou.

“Também estamos fazendo um mapeamento para nortear onde temos, no Brasil, desertos alimentares. Ou seja, onde a alimentação saudável não chega. Com esse mapeamento, é possível direcionar uma série de políticas públicas [para indicar] onde vão ser instalados cozinhas. restaurantes; e onde vão ser instaladas feiras”, completou.

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Live do Dr. Juscelino Neto com Guina Francisco

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Vini, Neymar e Debinha estão entre indicados ao prêmio Fifa The Best

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Richarlison representará o Brasil no prêmio Puskás de gol mais bonito

Fonte: AB

O Brasil tem sete representantes no The Best, prêmio da Federação Internacional de Futebol (Fifa) aos destaques do ano. As indicações foram divulgadas nesta quinta-feira (12). Três deles brigam pelos postos de melhores da temporada entre homens (Neymar e Vinícius Júnior) e mulheres (Debinha).

Os goleiros Alisson e Ederson concorrem à premiação de melhor da posição. A sueca Pia Sundhage, técnica da seleção feminina, disputa como melhor treinadora. Já o atacante Richarlison briga pelo Prêmio Puskás, de gol mais bonito, graças ao voleio do segundo gol brasileiro na vitória por 2 a 0 sobre a Sérvia, na estreia da Copa do Catar. Os eleitos serão anunciados em cerimônia no próximo dia 27 de fevereiro, em Paris (França).

Na disputa pelo The Best masculino, Neymar (terceiro em 2015 – quando o prêmio era junto com a Bola de Ouro da revista France Football – e 2017) e Vini Jr. terão a concorrência dos argentinos Lionel Messi e Julian Alvarez, do inglês Jude Bellingham, dos franceses Karim Benzema e Kylian Mbappé, do belga Kevin de Bruyne, do norueguês Erling Haaland, do marroquino Achraf Hakimi, do polonês Robert Lewandowski, do senegalês Sadio Mane, do croata Luka Modric e do egípcio Mohamed Salah.

Eleito seis vezes o melhor do mundo e principal nome da Argentina na conquista da Copa do Catar, Messi aparece como favorito, tendo Benzema (destaque do espanhol Real Madrid na conquista da Liga dos Campeões e ganhador da Bola de Ouro de 2022) e Mbappé (artilheiro do Mundial, com oito gols) como principais adversários. O argentino levou o prêmio pela última vez em 2019.

No feminino, Debinha foi indicada ao The Best pela primeira vez, credenciada por ter sido protagonista no título do Brasil na Copa América, além de ser eleita para a seleção das melhores da Liga Norte-Americana. A camisa 9 da seleção brasileira terá como adversárias as inglesas Keira Walsh, Beth Mead e Leah Williamson; as espanholas Aitana Bonmatí e Alexia Putellas, as alemãs Lena Oberdorf e Alexandra Popp, a canadense Jessie Fleming, a norueguesa Ada Hegerberg, a australiana Sam Kerr, a holandesa Vivianne Miedema, a estadunidense Alex Morgan e a francesa Wendie Renard.

A última ganhadora do prêmio foi Putellas, que venceu a Bola de Ouro referente a 2022, mas a espanhola terá dura concorrência. Mead, Walsh e Williamson foram os destaques da Inglaterra na campanha do título da Eurocopa feminina. Além de eleita a melhor da competição, a primeira ainda foi a artilheira, com seis gols (e cinco assistências).

Na briga pelo posto de melhores goleiros, Alisson (vencedor em 2019) e Ederson terão como rivais o marroquino Yassine Bounou, o belga Thibaut Courtois e o argentino Emiliano Martínez. Este último foi eleito o Luva de Ouro da Copa do Catar, enquanto Courtois foi o grande nome do Real Madrid na final da Liga dos Campeões, contra o inglês Liverpool.

Melhor técnica de futebol feminino do mundo em 2012 – quando estava à frente dos Estados Unidos – e terceira colocada em 2016, Pia Sundhage tem cinco concorrentes na disputa pelo bi. Três também são treinadoras de seleções: Bev Priestman (Canadá), Martina Voss-Tecklenburg (Alemanha) e Sarina Wiegman (Inglaterra). As outras duas são Sonia Bompastor, que comanda o Lyon (França), e Emma Hayes, que dirige o Chelsea (Inglaterra) e é a atual vencedora. Ganhadora pela última vez em 2020, Wiegman levou as inglesas ao título da Eurocopa em 2022.

Por fim, o golaço de Richarlison contra a Sérvia tem dez concorrentes pelo Prêmio Puskás: o italiano Mario Balotelli, os franceses Mbappé, Théo Hernández, Dimitry Payet e Amandine Henry, o argentino Francisco Metilli, o sudanês Alou Kuol, o polonês Marcin Oleksy, a espanhola Salma Paralluelo e a inglesa Alessia Russo. O brasileiro tem a favor o fato de o gol ter sido eleito o mais bonito da Copa, em votação popular.

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